O Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (RMC) aprovou nesta terça-feira (21/10), durante a 84ª reunião ordinária realizada em Hortolândia, o apoio integral à construção de um Hospital de Emergência do HC da Unicamp. A votação da proposta se deu após a apresentação do projeto aos prefeitos e membros do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas, realizada pelo superintendente do HC, Luiz Carlos Zeferino com apoio do coordenador da Unidade de Urgência (UER) José Benedito Bortoto e da assessora Sueli Rangel.
O projeto da nova unidade do HC abriu a 84ª reunião ordinária, que ainda discutiu outros temas como a apresentação da EMTU sobre o plano operacional de circulação e tarifário do Corredor Metropolitano e a deliberação sobre a inclusão da Secretaria de Desenvolvimento do Governo do Estado de São Paulo no Conselho de Desenvolvimento da RMC. Presidida pelo prefeito de Itatiba, José Fumach, a deliberação sobre a proposta do HC da Unicamp agora seguirá para Brasília como uma das demandas apoiada por todos os 19 municípios da RMC.
Para o anfitrião da 84ª reunião ordinária da RMC, prefeito Angelo Perugini, a proposta vem de encontro a uma das principais demandas da região: leitos de alta complexidade. “Todos nós conhecemos a importância do HC da Unicamp para a RMC e o Estado, e a proposta terá nosso total apoio para emendas de bancada em Brasília, já que os recursos não são volumosos mas em contrapartida os benefícios são imensos”, destacou Perugini. Já o prefeito Rodrigo Santos, de Monte Mor, acredita na viabilização do projeto. “Rotineiramente vivemos a dificuldade de conseguir leitos para casos graves através da Central de Vagas da DRS 7. O projeto é bem vindo e vamos apoiá-lo”, enfatizou Santos.
De acordo com Luiz Carlos Zeferino, inicialmente foi decidido construir apenas uma nova unidade para o atendimento de emergência, sem estrutura de internação. “Rapidamente identificamos que os principais problemas não seriam resolvidos como o baixo número de leitos clínico-cirúrgicos e de terapia intensiva”, explicou. Com o planejamento redimensionado, diz Zeferino, optou-se por implantar um hospital que funcionará como uma Unidade de Emergência Referenciada, com altíssima resolubilidade, com cinco pavimentos, integrado funcionalmente ao Hospital de Clínicas, totalizando cerca 7.400m2.
A nova unidade já dispõem dos recursos aprovados no Ministério da Saúde para a fase 1 do projeto que somam R$ 6 milhões. A outra etapa está orçada em R$ 7milhões. Serão necessários ainda cerca de 10 milhões para aquisição de equipamentos e mobiliário. “Hoje é sabido que o número total de leitos de terapia intensiva é claramente insuficiente para atender a necessidade assistencial do HC. Como conseqüência há restrição no número de cirurgias de grande porte, por falta de leitos de Terapia Intensiva-UTI”, detalhou Zeferino aos membros do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas.
Ainda segundo Zeferino a nova unidade terá um forte impacto nas demandas de emergência para o SUS da região com destaque para a ampliação dos atendimentos de pacientes politraumatizados; pacientes com infarto do miocárdio; pacientes com acidente vascular cerebral (AVC); intoxicação exógenas de qualquer natureza; acidentes causados por animais peçonhentos e ampliação da humanização da assistência eliminando a manutenção de pacientes em macas.
O novo projeto completo contará com cerca de 140 vagas de observação clínica adulto e infantil, internação clínica e terapia intensiva. “A conclusão do projeto vai impactar no aumento de inúmeros procedimentos no HC como os transplantes, as cirurgias oncológicas, as cirurgias cardíacas e vasculares, as neurocirurgias, com destaque para tratamento de epilepsia, as cirurgias ortopédicas, as cirurgias bariátricas entre outras”, concluiu Zeferino em sua apresentação.
A RMC foi criada pela Lei Complementar Estadual nº 870, de 19 de Junho de 2000, sendo constituída pelo agrupamento dos seguintes 19 municípios: Americana, Arthur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d’Oeste, Santo Antônio de Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo. Possui uma área de 3.673 Km2 e uma população de 2.620.909 habitantes. Créditos: Caius LuciliusAssessoria de Imprensa do HC UNICAMP
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