Até os mais desastrados pais de primeira viagem sabem que um bebê que dorme bem é mais feliz e calmo do que um que dorme mal. O difícil é saber quem está certo o livro que a amiga indicou, os conselhos da avó ou a matéria da revista quanto à melhor maneira de promover o bom sono. Uma pesquisa quantitativa do perfil do sono do bebê, realizada com 35 mil pais de crianças de até três anos de idade em todo o mundo, chegou a resultados esclarecedores sobre o nosso país. Constatou-se que: - 35% dos pais brasileiros acham que seu filho tem algum problema relacionado ao sono; - 21h41 é o horário médio em que as crianças do Brasil vão dormir; - 18% consideram que seu filho não dorme bem à noite; - em média, as crianças brasileiras tiram sonecas que totalizam 2 horas entre o momento em que acordam, até a hora de ir dormir à noite; - o ritual do sono do bebê brasileiro, ou seja, do momento em que o pai ou a mãe começam a colocar seus bebês para dormir até que ele adormeça dura, em média, 50 minutos; - 21% dos bebês brasileiros dormem com os pais na mesma cama; - 52% dos bebês dormem em seu berço; - cerca de 12% dos bebês brasileiros adormece assistindo à TV, ou assiste antes de dormir. O estudo realizado pela Johnson & Johnson contou com a participação de Jodi Mindell, especialista em problemas do sono pediátrico, diretora associada do Centro do Sono, no Hospital das Crianças da Filadélfia, e professora de psicologia na Universidade Saint Joseph. Ela também esteve presente no estudo qualitativo da empresa feito nos EUA com 58 bebês com menos de dois anos de idade e suas mães. Em uma primeira fase do experimento, as mães foram orientadas para continuarem com a rotina normal, depois, deveriam seguir um ritual específico. O ritual consistia em três passos antes de levar a criança à cama: um banho morno (36,5°), uma massagem relaxante por todo o corpo e, já na cama, alguma atividade tranqüila para ninar o bebê. E os resultados: houve 38% menos episódios de despertar; reduziu-se 49% do tempo que o bebê fica acordado durante a noite; os bebês adormeceram 37% mais rapidamente; além de vários conseqüentes benefícios para os pais. A conclusão a que chegou a pesquisa é que o sucesso do sono da criança depende de três fatores: horários bem determinados, uma rotina da hora de dormir e independência para pegar no sono. Mindell explica que o que os pais precisam saber é que todo bebê acorda de duas a seis vezes por noite, todas as noites. É comum. O bebê que tem problemas de sono é aquele que não consegue dormir sozinho, que precisa da ajuda dos pais. Essa criança costuma inventar diversas exigências antes de pegar no sono e precisa de nova ajuda dos pais toda vez que acorda durante a noite. Segundo a pesquisadora, o horário apropriado para colocar o bebê na cama é entre 19h30 e 20h30. Mas, pelo que percebeu e o estudo confirmou, no Brasil, onde a novela das oito começa às 21h, a coisa não deve funcionar bem assim. E, embora suas pesquisas tenham apontado que a criança que dorme mais cedo acorda menos durante a noite, o importante é que se mantenha uma rotina de horários. A eficácia da rotina do sono surpreendeu os pesquisadores. Até então, todos os estudos sobre o assunto incluíam esse procedimento, mas não se pensava que somente ele poderia resolver os problemas do sono. Créditos: http://www.abril.com.br/noticia/comportamento
Nenhum comentário:
Postar um comentário