Um grande estudo realizado com indivíduos adultos, todos não fumantes, demonstrou que há uma relação entre enfisema pulmonar e tabagismo passivo durante a infância.Esta é constatação da autora principal do estudo, a Dra. Gina Lovasi, da Universidade de Columbia (Estados Unidos).
Os pesquisadores realizaram uma tomografia computadorizada do tórax de 1.781 não fumantes, com idade média de 61 anos, com o objetivo de avaliar os espaços aéreos pulmonares, procurando evidências clínicas de enfisema pulmonar. O enfisema pulmonar é uma doença crônica, na qual os tecidos dos pulmões são gradualmente destruídos, tornando-se hiperinsuflados (distendidos). Esta destruição ocorre nos alvéolos, onde acontece a troca gasosa do oxigênio pelo gás carbono. Como resultado,o indivíduo sente falta de ar,principalmente aos esforços.
Na amostra de não fumentes, 17% tinham vivido com dois ou mais fumantes durante a sua, 30% viveram com um, e 52% não tinha experimentado o tabagismo passivo. Nos indivíduos que tinham vivido com dois ou mais fumantes, a proporção de espaços aéreos (hiperinsuflação pulmonar) era 20%, em comparação com 18% naqueles que tinham vivido com um fumante e 17% nos restantes participantes sem antecedentes de tabagismo passivo.
Após um ajuste para possíveis fatores de confusão, estas diferenças foram consideradas significativas.Embora o estudo tenha apresentado algumas limitações, ele proporciona alguma evidência entre tabagismo passivo na infância e o risco de enfisema pulmonar na idade adulta e terceira idade.
Fonte:American Thoracic Society(2009).
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