Pesquisadores da University of Texas Health Science Center at Houston afirmam terem identificado um organismo que pode desencadear a cólica nos bebês - a bactéria Klebsiella, que pode ser encontrada na boca, pele e intestinos. No estudo com 36 bebês, metade dos quais tinha cólica e apresentava a bactéria e inflamação no intestino.
Segundo J. Marc Rhoads, M.D., professor de pediatria na University of Texas Medical School at Houston, não existe um tratamento baseado em evidências para a cólica do bebê.
"Acreditamos que a bactéria possa estar desencadeando uma reação inflamatória, causando a inflamação do intestino", diz Rhoads, principal pesquisador do estudo. Os bebês do estudo foram alimentados com leite materno e/ou leite em pó. Estudos anteriores não apresentaram dados significativos que suportassem a teoria de que a amamentar com leite materno proteja a criança das cólicas.
A cólica é definida como um choro forte e inexplicável em recém-nascidos saudáveis. Ocorre normalmente em crianças com menos de três meses e dura mais de três horas ao dia por pelo menos três dias da semana.
"A cólica é uma condição muito comum e afeta cerca de 15% das crianças saudáveis. Mais de a metade dos óbitos de crianças recém-nascidas recai na categoria de cólicas. Poderemos prevenir essas mortes se pudermos encontrar um tratamento, disse Rhoad." No momento, os pediatras receitam leite em pó hipoalergênicos na tentativa de tratar a cólica, mas nada foi provado como sendo um tratamento efetivo para a condição.
"Durante estudo, também constatamos que os bebês que não tinham cólica tinham maior variedade de bactérias em seus intestinos. A presença de mais bactérias pode indicar que espécies específicas de bactéria (filotipos) são benéficas aos humanos", disse Rhoads.
Um estudo maior é necessário para examinar a Klebsiella e o uso de probióticos, que é um suplemento dietético produzido com bactérias boas, para controlar a inflamação no intestino. Antes que isso ocorra, será realizado um estudos com 40 adultos saudáveis para examinar a segurança dos probióticos.
Créditos:emedix
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