Uma surpreendente descoberta baseada em epigenética (a hereditariedade da propensão adquirida no útero) revela que consumir colina - um nutriente encontrado no ovo e outros alimentos - durante a gravidez pode afetar de forma significativa as conseqüências do câncer de mama nas descendentes. A descoberta realizada por uma equipe de biólogos da Boston University é a primeira a relacionar o consumo de colina durante a gravidez com o câncer de mama e o primeiro a identificar possíveis mudanças genéticas relacionadas com colina que afetam as taxas de sobrevivência do ao câncer de mama.
Os pesquisadores fizeram a descobertas em ratos, estudando fêmeas cujas mães foram alimentadas com quantidades variadas de colina durante a gravidez. Os diversos grupos de ratas prenhas receberam dietas com quantidade padrão de colina, sem colina e com colina extra. Então, os pesquisadores trataram a prole fêmea com um composto químico que causa câncer na glândula mamária (câncer de mama) . Embora os animais em todos os grupos tenham desenvolvido câncer de mama, as filhas de mães que receberam uma quantidade extra de colina durante a gravidez tiveram tumores de crescimento lento, enquanto que aquelas cujas mães não receberam qualquer quantidade de colina durante a gravidez tiveram tumores de crescimento rápido.
Nosso estudo provê suporte adicional para a noção de que a colina é um importante nutriente que deve ser considerado na orientação dietética", disse Krzysztof Blusztajn, Ph.D., professor de patologia na Boston University e pesquisador sênior do estudo.
Os pesquisadores também encontraram múltiplas mudanças genéticas e moleculares nos tumores das ratas que se correlacionaram com a sua sobrevivência. As ratas que tiveram tumores de crescimento lento tinham um padrão genético similar àquele observado em mulheres com câncer de mama e que apresentavam bom prognóstico. As ratas com tumores de crescimento rápido tinham mudanças no padrão genético similares àqueles encontrados em mulheres com uma doença mas agressiva. Os pesquisadores também encontraram evidências que essas mudanças genéticas podem resultar da maneira com que a colina afeta modificações do DNA dentro da glândula mamária do feto à medida que ele se desenvolve no útero.
O National Cancer Institute estima que haverá mais de 184.000 novos casos de câncer de mama em 2008 e mais de 40.000 óbitos. Tratamentos para mulheres com câncer de mama vairam de terapia hormonal a cirurgia.
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