MÉXICO (AFP) - Sessenta e seis países manterão restrições para a entrada, tanto para turismo quanto para residência, de portadores do vírus HIV, denunciaram organizações civis durante a XVII Conferência Internacional sobre a Aids no México.
"Do ponto de vista médico e ético é inaceitável que as pessoas tenham que revelar seu status de HIV positivo na solicitação para entrar num país", apontou Mary Angeles, representante do governo do Brasil na cúpula.
A recente eliminação de restrições para que pessoas com Aids viajem para os Estados Unidos, por outro lado "é algo que precisa ser comemorado", afirmou Robert Banks, que luta pelos direitos dos viajantes portadores do vírus, - embora a regulamentação que transformará a nova lei em realidade ainda não tenha sido emitida.
Ao participar do painel "Negando a entrada, permanência e residência de vida aos portadores do HIV", Banks declarou-se esperançoso de que outras grandes nações, como a Rússia, adotem medidas semelhantes. "Depois do que conserguimos nos Estados Unidos, isso poderia incetivar também países menores", disse Banks.
De acordo com um grupo de ativistas de diferentes partes do mundo, 66 países têm algum tipo de impedimento para que os portadores de HIV entrem em seus territórios, seja para viajar ou para morar.
Poucos dias antes do início dos Jogos Olímpicos de Pequim-2008, a China anunciou que levantará essas restrições em 2009, segundo a imprensa oficial do país, que cita um funcionário do ministério da Saúde.
Em 2008, nove países ainda impõem barreiras para a entrada de portadores da doença, cinco negam vistos, inclusive de curto prazo, e 30 deportam pessoas com Aids se a doença for descoberta, entre os quais Estados Unidos, Rússia e China.
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