"Uol, uol, uol, nós queremos colesterol". Há quatro anos, era com esse grito de guerra que os alunos do ensino médio da Escola da Vila, em São Paulo, abordavam a nutricionista Elaine Occhialini no recreio, em protesto à implantação de um cardápio saudável.
Desde então, os alunos passaram a aprender sobre a composição nutricional dos alimentos e os perigos de uma alimentação rica em gorduras.
Ao mesmo tempo, a escola instituiu um padrão de qualidade dos produtos vendidos no local e os dias em que todos os alunos deveriam trazer frutas.
Apesar de o consumo de refrigerante ter diminuído cerca de 35%, recentemente, as lancheiras dos alunos não apresentaram alimentos saudáveis, em um estudo feito com 590 alunos do ensino fundamental. "Foi uma surpresa. Pegamos biscoito de polvilho com muita gordura trans e sódio e o hambúrguer com mais gordura."
A cruzada por uma alimentação mais saudável também acontece em outros colégios. A Escola Carlitos, em Higienópolis, oferece uma mesa de frutas aos alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental. "Mesmo aqueles que resistiam um pouco acabaram incorporando o hábito", diz a nutricionista Adriana Martins de Lima.
Na escola Stance Dual, zona central de São Paulo, as crianças podem levar lanche de casa, desde que seja saudável. Não é permitido o consumo de refrigerantes, salgadinhos e chocolates, por exemplo.
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