Os brasileiros consomem mais que o dobro da quantidade de sódio recomendada pela OMS
O nosso paladar se acostumou com aquele gosto bem salgadinho da batata-frita, da azeitona verde, do picles, do palmito, do salame e de outras dezenas de alimentos apetitosos, que só de pensar ‘dão água na boca’. O sal foi incorporado à dieta da humanidade como conservante, principalmente para carnes e pescados, devido suas propriedades esterilizadoras que impedem a reprodução de bactérias. Como o seu sabor foi facilmente aceito e apreciado, ele é hoje um dos condimentos mais usados na culinária.
Os gregos e os romanos utilizavam o sal como moeda em suas operações de compra e venda e com este produto eram pagos os soldados romanos (a palavra "salário" deriva de sal).
A expressão ‘sem sal’ é até usada como sinônimo de ‘sem graça’. Mas, excesso de sal pode significar perigo à vista, já que entre seus componentes está o sódio, que, se consumido em excesso, figura entre os principais causadores do aumento da pressão arterial. De acordo com uma pesquisa realizada na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, os brasileiros estão consumindo mais que o dobro do limite de sódio recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para pessoas não hipertensas, que é de 2g diários por pessoa (5g de sal). O reflexo disso? 30% da população adulta brasileira é hipertensa.
Veja dicas do que fazer para evitar o consumo exagerado de sódio. •Antes de comprar alimentos industrializados, congelados e enlatados, observe na tabela nutricional se a taxa de sódio não está muito elevada. •Aproveite os temperos naturais como cheiro verde, tomate, cebola, alho e salsinha, para tornar a comida mais saborosa e deixe o sal de lado. • Aprenda a controlar a quantidade de sódio que ingere. Saiba que cada grama de sal contém 400mg de sódio.
Importante regulador da passagem de líquidos e de outras substâncias pelas membranas celulares e para a transmissão de impulsos nervosos, se ingerido em excesso, o sal também aumenta a propensão de desenvolver cálculo renal, formação de pequenas pedras nos rins. Uma das primeiras recomendações dos médicos quando o paciente já sofre de pressão alta ou tem propensão a desenvolver a doença é a diminuição do consumo de sal, ou mais especificamente de cloreto de sódio. Nesses casos, há um substituto que pode minimizar os riscos: o sal light. Segundo o Inmetro, ao contrário do que o nome sugere, o sal light não é indicado para quem precisa perder peso, na verdade trata-se de um produto composto de 50% de cloreto de sódio e os outros 50% de cloreto de potássio. Embora seja indicado para quem tem hipertensão, por apresentar uma menor porcentagem de sódio, ele não é recomendado para quem sofre de problemas renais. Além de não ingerir sal em excesso, outras medidas são necessárias para prevenir a pressão alta. Confira: • praticar atividades físicas regularmente; • manter o peso adequado; • não fumar; • evitar bebidas alcoólicas; • checar a pressão arterial; • ingerir alimentos com alto teor de fibras. Por ser ingerido regularmente e em pequenas quantidades, o sal de cozinha, como é chamado o tipo mais usado, é um ótimo veículo para adicionar iodo e fazer com que toda a população o consuma. O iodo é uma substância indispensável para o bom funcionamento do organismo. No Brasil, a exigência da adição de pequenas quantidades de iodo no sal de cozinha surgiu na década de 50, como parte de um programa de fortificação de alimentos destinado à prevenção de doenças. Hoje, todas as empresas que comercializam sal de cozinha devem obrigatoriamente adicionar o iodo.
Fonte: Unimed do Brasil
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